sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Queimaduras: o que fazer?

O QUE SÃO QUEIMADURAS?

São lesões térmicas causadas pela ação de um agente físico (calor ou frio) sobre a superfície da pele. A pele é o maior órgão do corpo humano e sua destruição pode levar a alterações locais e sistêmicas, estas últimas causadas pelo comprometimento de outros órgãos, o que geralmente ocorre após uma queimadura. São classificadas de acordo com a profundidade da lesão cutânea e a extensão corporal atingida. Quanto maior a extensão da superfície corporal queimada e a profundidade da lesão, maior a gravidade.
CLASSIFICAÇÃO
Primeiro grau - quando apenas a camada superficial da pele (epiderme) é atingida. O sinal característico é a presença de vermelhidão da pele e ardor como ocorre na queimadura solar.
Segundo grau - quando, além da camada superficial, a camada intermediária da pele (derme) é atingida. Os sinais característicos são a presença de bolhas, dor e a perda de líquido pela área queimada. Também apresentam uma cor rósea após a rotura da bolha. São classificadas em superficial, quando apenas a camada superficial da derme é atingida, e profunda, quando além da camada superficial da derme a camada profunda também é atingida, podendo essa última transformar-se em queimadura do terceiro grau.
Terceiro grau - quando, além da derme, o tecido celular subcutâneo (camada profunda da pele) é atingido. O sinal característico é a ausência de dor na área queimada, a formação de uma crosta seca e branca e a facilidade de extrair os pêlos.
As queimaduras também são calculadas através de esquemas específicos, dentre os quais o mais fidedigno é o de Lund e Browder, que correlaciona a idade com a superfície corporal. Geralmente, o cálculo é feito em hospitais pelas equipes médicas de plantão. Em Sergipe, 40% das queimaduras ocorrem em crianças, com maior incidência na faixa etária de zero a dois anos.
PRINCIPAIS AGENTES CAUSADORES
- Líquidos superaquecidos: água e alimentos quentes
- Substâncias inflamáveis: álcool, gasolina, solventes, gás de cozinha
- Corrente elétrica: eletricidade (fios, tomadas descobertas, explosões)
- Substâncias químicas: ácidos (muriático, sulfúrico, etc.), bases (soda cáustica, etc.)
- Agentes biológicos: água-viva, caravela
- Fogos de artifício explosivos e não explosivos
COMO PREVENIR 
- Não prepare alimentos quentes com a criança nos braços ou no colo;
- Mantenha as crianças longe da cozinha, principalmente na hora do preparo das refeições. A maior parte das queimaduras causadas por líquidos superaquecidos ocorre nesse intervalo de tempo;
- Não deixe ao alcance das crianças substâncias inflamáveis utilizadas para limpeza no lar, como o álcool. Guarde-as em local bastante seguro. Por produzirem chama quando em combustão, essas substâncias servem de atrativo para as crianças, especialmente na época dos festejos juninos;
- Não dê fogos de artifício às crianças, principalmente do tipo explosivo. Além das queimaduras, eles causam lesões graves nas mãos, nem sempre passíveis de recuperação;
- Não deixe fios e tomadas descobertas porque podem causar lesões graves nas mãos e bocas das crianças;
- Não exponha a criança ao sol por muito tempo, principalmente entre 10h e 15 horas.
QUEIMADURAS SÃO LESÕES GRAVES QUE ATINGEM A PELE E QUE CAUSAM DISFUNÇÕES EM MÚLTIPLOS ORGÃOS E SISTEMAS, PODENDO LEVAR À MORTE. PREVENIR É SEMPRE O MELHOR REMÉDIO.
PARA ONDE ENCAMINHAR O PACIENTE QUEIMADO
- HOSPITAL DE URGÊNCIA DE SERGIPE GOV. JOÃO ALVES FILHO (HUSE)
- UNIDADE DE TRATAMENTO DE QUEIMADURAS (UTQ) E UNIDADE DE TRAUMA
Av Tancredo Neves s/n - Aracaju - SE
Telefone: (079) 3216-2600

DISK - QUEIMADOS: (79) 3216-2856
SAMU SERGIPE: 192
O QUE NÃO FAZER DIANTE DE UMA PESSOA QUEIMADA
- Nunca coloque sobre a área queimada alimentos como leite, manteiga, óleo de comida, cebola, clara de ovo, etc;
- Nunca aplique pomadas sobre a área queimada sem orientação médica;
- Não tente tratar o paciente sem ter o conhecimento médico científico necessário para a cura da lesão.
COMO AGIR DIANTE DE UMA PESSOA QUEIMADA
Se a queimadura for causada por líquido superaquecido (água quente, alimentos quentes): 

- Esfriar imediatamente a área queimada com água gelada (de preferência) ou água corrente com a finalidade de neutralizar a ação do calor;
- Proteger a área queimada com um pano limpo;
- Não alimentar o paciente;
- Encaminhar imediatamente o paciente a um serviço de urgência para a devida avaliação pela equipe médica e, se necessário, tratamento com cirurgia plástica.
Se a queimadura for causada por substância inflamável (álcool, gasolina, thinner, etc):

- Apagar a chama com um pano limpo úmido (de preferência);
- Esfriar a lesão com água gelada ou corrente;
- Proteger a área queimada com um pano limpo;
- Não alimentar o paciente;
- Encaminhar imediatamente o paciente a um serviço de urgência para a devida avaliação pela equipe médica e tratamento pela cirurgia plástica.
Se a queimadura for causada por substância química (ácidos e bases):

- Lavar exaustivamente a área queimada com água corrente;
- Proteger a área queimada com um pano limpo;
- Não alimentar o paciente;
- Encaminhar imediatamente o paciente a um serviço de urgência para a devida avaliação pela equipe médica e tratamento pela cirurgia plástica.
Se a queimadura for causada por corrente elétrica (fios e tomadas descobertas):

- Desligar a fonte de energia (disjuntor ou chave elétrica) ou afastar a fonte de energia (fio elétrico) com um isolante (pedaço de madeira) antes de socorrer a vítima;
- Encaminhar imediatamente o paciente para um serviço de urgência (hospital).
Se a queimadura for causada por agentes biológicos(água viva, caravela)

- Lavar a área queimada com água corrente;
- Proteger a área queimada com um pano limpo;
- Encaminhar o paciente para um serviço de urgência (hospital).
Se a queimadura for causada por fogos de artifício:

1. Explosivos:

Além da queimadura, existe nesse tipo de trauma a laceração e a perda de tecidos associados à lesão. É bastante comum nesse tipo de trauma a amputação dos dedos e até da mão, e a lesão das estruturas ósseas, ligamentares e do aparelho flexor e extensor dos dedos, associado a hemorragia causada pelo trauma.
- Proteger a área queimada com um pano limpo;
- Caso haja lesão da mão ou dos dedos, elevar o braço para diminuir a hemorragia;
- Encaminhar o paciente para um serviço de urgência (hospital).
2. Não Explosivos: 

- Esfriar a área queimada com água gelada ou corrente;
- Proteger a lesão com um pano limpo;
- Encaminhar o paciente para um serviço de urgência (hospital).
NAS QUEIMADURAS QUE OCORREM EM AMBIENTE FECHADO, GERALMENTE HÁ INALAÇÃO DE GASES TÓXICOS. NESSES CASOS, É FUNDAMENTAL TAMBÉM O TRATAMENTO MÉDICO IMEDIATO PARA CUIDAR DE UMA POSSÍVEL INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA.
* Todas as informações acima foram disponibilizadas e organizadas pelo médico Reginaldo Lessa, gerente da Unidade de Tratamento de Queimados e coordenador do Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital de Urgência de Sergipe Governador João Alves Filho (UTQ-HUSE).

http://www.saude.se.gov.br/index.php?act=leitura&codigo=1264

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

A Escola, o Professor e as Novas Tecnologias

A escola, como sendo um lugar de troca de experiências, interações sociais e aprendizado, jamais poderá fazer de conta que nada está acontecendo, ficar alheia à realidade tecnológica pela qual passa o mundo. Perrenoud (2000) diz que a escola não pode ignorar o que se passa no mundo. Infelizmente, como acontece na maioria das vezes, as escolas e os professores são muito indiferentes ao que está acontecendo em sua volta e não acompanham as mudanças de modo significante e satisfatório.
Como faz notar Mantoan (1997) a educação escolar e o professor que a ministra não têm, no geral, um referencial de mundo que se compatibiliza com a realidade circundante e com seus possíveis avanços. O espaço educacional parece imune, preservado desses avanços, mantendo o velho, pela indiferença às mudanças do meio.
Tomando essas ideias como base, destaca-se o importante papel das instituições escolares, que servem como porta de entrada e lugar central de discussões e anseios sociais. Sem a contribuição desse espaço tão rico e colaborativo, os alunos, com certeza, não teriam uma base sólida para desenvolver seu pensamento histórico e filosófico, ficando privados das realidades que os cercam e de ações humanas evidenciadas.
As novas tecnologias devem ser implementadas através de um projeto no espaço escolar para se obter um resultado proveitoso, que tenha como objetivo o máximo rendimento e economia de tempo no processo de ensino-aprendizagem e, principalmente vise à extinção da monotonia das aulas. No entanto, vale ressaltar que as NTIC jamais deverão ser incluídas no currículo escolar por modismo. Elas devem fazer parte do cotidiano escolar, evidenciando o aprendizado e a autoestima de alunos e professores.
A gestão escolar é muito importante nesse processo de implantação do uso das NTIC na escola, além do auxílio com o provimento dos equipamentos necessários e a responsabilidade pelo treinamento com a parte operacional, é dever da escola oferecer aos seus educadores formações continuadas frequentes na área de tecnologias na educação.
Não se pode admitir que as escolas continuem com metodologias retrógradas e ultrapassadas, é necessário uma "repaginada" no modo de ensinar e no modo de aprender. As mentalidades mudaram, as realidades são outras. Como destaca Couto (2008) não dá para ficar nas eternas lamentações que atribuem culpa aos pais, ao desinteresse dos alunos, a despreparação e má vontade dos alunos que só querem brincadeiras, que são viciados em jogos, nas novelas e em tudo que é superficialidade e que, ainda por cima, só sabem é faltar o respeito aos professores. Tudo isto, segundo Couto, pode ser verdade, mas não se pode continuar na atitude recriminatória sem um esforço para mudar métodos de 30 anos atrás que podiam ser eficazes, mas que já não servem para esta geração que foi moldada pela televisão, pelas consolas e pelos computadores.
A escola, e principalmente os professores, precisam encarar essas novas tecnologias de forma natural, buscando oportunidade de aperfeiçoar-se para a operação dessas novidades tecnológicas. Dificuldades são muitas, mas é necessário um envolvimento por parte dos educadores para que efetivamente haja mudanças.
http://www.pedagogia.com.br/artigos/novastecnologias1/

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Dislexia

Dislexia

1. INTRODUÇÃO
Há uma enorme preocupação quanto ao entendimento sobre a dislexia e seus danos, principalmente em crianças que estão em processo de alfabetização.
Sabendo que a dislexia é uma dificuldade na aprendizagem referente à leitura e escrita e que seu diagnostico não é tão simples, percebe-se que muitas crianças que passam por esse problema são ditas como crianças "preguiçosas" ou até mesmo "burras", acarretando na maioria das vezes um número significante de evasão escolar.
2. JUSTIFICATIVA
É relevante compreender que a dislexia não se dá de uma má alfabetização ou por culpa da criança. Portanto é tão substancial que se entenda as causas e as características para poder trabalhar a questão em cima disso, procurando soluções e formas pedagógicas eficientes que possam ajudar as crianças a superar esse distúrbio.
Muitos professores e pais, infelizmente, ainda não têm um discernimento mais específico acerca da dislexia e suas causas, portanto muitas crianças sofrem os mais diversos tipos de preconceitos e até mesmo insultos por conta de sua dificuldade em "aprender".
A falta de conhecimento sobre a dislexia é um fator preocupante, por isso é tão importante que se abram horizontes, que os leigos possam perceber e interpretar como se manifesta a dislexia.
3. OBJETIVOS
? Compreender a dislexia como um distúrbio de aprendizagem específico;
? Analisar as crianças com dislexia;
? Identificar formas de diagnóstico e tratamento da dislexia.

4. METODOLOGIA
Este trabalho foi realizado através de pesquisas bibliográficas, buscando um maior entendimento sobre o tema principal. Como fontes de pesquisas foram utilizados livros e sites da internet que facilitaram a compreensão e clareza sobre a dislexia.
Os resultados foram alcançados após os estudos e pesquisas encontrados nas fontes utilizadas para elaboração do trabalho.
5. RESULTADOS OU DISCUSSÃO
De acordo com a Associação Brasileira de Dislexia ( 2011), dislexia é um: Distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração, a dislexia é o distúrbio de maior incidência nas salas de aula.
As características são diversas e pode-se perceber em crianças bem pequenas. É relevante entender que o disléxico sempre terá problemas com a linguagem e a escrita, impedimento em escrever, dificuldades com a ortografia e lentidão na aprendizagem da leitura.
Além dessas dificuldades que sempre estarão presentes na vida do disléxico, ainda podem aparecer outras dificuldades, como problemas com noções espaciais e temporais, problemas com organização, dificuldade em realizar algumas atividades que trabalhem com a coordenação motora fina, entre outras dificuldades especificas de cada indivíduo.
A dislexia não tem cura, portanto existem muitos adultos disléxicos, que precisam passar por acompanhamentos específicos. As crianças diagnosticadas com dislexia precisam de uma atenção especial, são crianças que sempre terão dificuldades na escrita e na leitura, problemas com ortografia, dificuldades na escrita e lentidão na aprendizagem da leitura.
É necessário ressaltar que a dislexia é um problema genético, que muitas vezes passa de pai para filho ou algum parente que também teve a dislexia, isso nos mostra que a criança não tem culpa por não aprender e que os pais precisam está atentos às características, procurando sempre prestar bastante atenção em tudo que seu filho faz nas brincadeiras, na escola e até em momentos de seriedade.
O diagnostico da dislexia deve ser realizado por um profissional da área, que muitas vezes pode ser confundido com diversos outros problemas, como transtornos, síndromes, problemas mentais, entre tantos outros.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dizer que a dislexia não tem cura não significa desprezar a capacidade e inteligência da criança, mas sim afirmar que um indivíduo com dislexia precisará de um atendimento um pouco mais diferenciado.
Todo ser humano possui suas características próprias, cada um com seu talento e suas capacidades especificas, assim também ocorre com os disléxicos, eles podem ter dificuldades com a escrita e leitura, porém possuem o lado artístico altamente aguçado, assim como a exemplo dos famosos que são disléxicos, mas que hoje em dia fazem grande sucesso.
Ser disléxico não impede ninguém de crescer profissionalmente e é isso que as pessoas precisam entender.
http://www.pedagogia.com.br/artigos/dislexia/index.php?pagina=

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Estimule o seu filho a fazer atividades de aprendizado durante as férias

Especialistas indicam práticas que são aliadas do conhecimento

Estimule o seu filho a fazer atividades de aprendizado durante as férias Fotos: mexikids/ Stock.xchng
O semestre escolar entra em sua reta final e, após as provas ou últimas tarefas, tudo o que as crianças conseguem pensar é em desanso e diversão. Apesar de ser superjusto (e bem gostoso) que os pequenos aproveitem a folga, o momento sem aulas deve ser aproveitado para estimular o conhecimento, a curiosidade e o aprendizado. “É importante o descanso, mas não se deve ficar parado. O ideal é fazer atividades informais que ajudem no desenvolvimento emocional afetivo e também intelectual”, conta neuropisicóloga da Unifesp, Elaine Sinnes.
De acordo com a especialista, as atividades podem ser das mais diversas, como passeios a museus e parque temáticos. O essencial é que nestes lugares haja alguma forma explícita de aprendizagem. “Atividades lúdicas são ótimas opções, pois a criança vai aprender de forma divertida e dinâmica”, frisa.
Para a pedagoga Samara lalla, também é interessante manter sempre a rotina do dia a dia, mas com os horários dirigidos a opções educativas para que seu filho possa escolher. Outro ponto importante é não fazer cobranças, para que as férias não se confundam com a seriedade da escola. “A criança pensa que nas férias é só lazer, ou seja, sem compromisso, então, o ideal é não ter cronograma com os exercícios para não ficar uma coisa estressante”, aconselha Elaine. A substituição de materiais como livros por gibis, por exemplo, é uma ótima saída para um aprendizado divertido. Samara também conta que assistir a bons filmes, passear no zoológico, e sugerir jogos são ótimas ideias aliadas ao conhecimento para fazer em família.
Lembre seus dias de criança
Uma volta ao passado pode ser a chave para as novas tarefas, além de fortalecer a relação mãe e filho. “Motive os pequenos a fazerem brincadeiras que a você fazia na infância, assim o desenvolvimento emocional e afetivo ganha força”, recomenda Elaine. Para a neuropsicóloga, estes tipos de atividade vão instigar a questão do pensamento futuro da criança, ou seja, são ideias que provavelmente ela levará para a vida toda.
Ainda segundo a profissional, na volta às aulas, outro ponto que deve ser observado pelos pais é como eles se referem à escola. “Desvincule a escola das coisas chatas, tem que estimular a criança a ficar com ideias positivas, como o reencontro com os amigos”, indica. 
Isabel Cleary
http://daquidali.com.br/conversa-de-mae/estimule-o-seu-filho-a-fazer-atividades-de-aprendizado-durante-as-ferias/

Saiba como identificar os sintomas, tratar e apoiar a criança autista

Especialista conta como lidar com essa situação com serenidade

Saiba como identificar os sintomas, tratar e apoiar a criança autistaDivulgação / TV Globo
Muito mais comum do que parece, o autismo é uma disfunção do desenvolvimento, que, hoje em dia, pode ser identificado antes dos dois anos de idade. O assunto voltou à tona por conta da personagem Linda, vivida pela atriz Bruna Linzmeyer na novela “Amor à Vida”, e levanta questões delicadas e importantes, como saber lidar com o autista e tratá-lo com respeito e dignidade.  A psicóloga Arlene Maria Coelho Chaves, especialista em Psicologia Clínica Infantil e do Adolescente, conversou com o DaquiDali e esclareceu o os principais pontos sobre essa alteração.
O que é
O autismo é um transtorno  que acomete principalmente meninos, antes dos três anos de idade, e que se caracteriza por disfunções na comunicação, na interatividade social e no comportamento. A intensidade dos sintomas varia de acordo com as alterações em cada área (campo) afetada (interatividade, comunicação, e comportamento) e servirão para determinar o tipo e a necessidade de atenção adequada (tratamento específico). Por isso existe a necessidade do diagnóstico precoce e até mesmo do diagnóstico correto sobre o transtorno, visto que existem algumas doenças ou distúrbios neurológicos e psiquiátricos que apresentam características (sinais e sintomas) de autismo, sem serem. É de extrema importância que os pais não se desesperem ao identificarem o autismo em seus filhos. “É necessário pegar todas as informação a respeito do transtorno, fazer um diagnóstico precoce e as intervenções adequadas. A participação em associações organizadas para este fim também pode ser de grande ajuda”, explica Arlene.
Principais características
O Autismo é diagnosticado segundo critérios qualitativos e quantitativos, presentes nas características apresentadas pela criança em uma ou mesmo nas três áreas de alterações (comunicação x interatividade x comportamento).
Na área da comunicação: desordens da fala, ausência ou atraso da fala, ecolalia atual ou atrasada (repetição das últimas palavras ou expressões ouvidas, letras ou falas), dificuldade na compreensão literal da frase, linguagem repetitiva com mesma entonação, ausência de sentimentos ao expressar frases ou linguagens.
Na área da interação social: prejuízo acentuado no uso de comportamentos não verbais, no contato visual, nas expressões visuais e nas posturas corporais. Dificuldade para estabelecer relacionamentos com seus pares (outras crianças), o que pode levar ao isolamento social. Dificuldade na expressão ou compartilhamento de afeto, prazer, interesses ou realizações com outras pessoas.
Na área do comportamento interesses e atividades: comportamento restrito e estereotipado, interesses persistentes em objetos ou partes do objeto, rotinas e rituais realizados de uma única forma, comportamentos de autoagressão em casos de ansiedade ou situações críticas, (nos casos e formas mais graves de autismo). Habilidades especiais com números, nomes, dados, objetos e etc., o que não significa alta capacidade intelectual.
Aceitação, acima de tudo

Qualquer que seja a gravidade dos sintomas, assim como a evolução do autismo, alguns passos básicos no diagnóstico devem ser seguidos, como identificar quais os comportamentos em um texto bem explicativo. Lidar com uma criança autista compreende, entre outros, dois aspectos fundamentais: diagnóstico precoce seguido de um plano de intervenção geral e específico àquela criança e aceitação dos pais. “Iniciando pela aceitação dos pais é importante considerar que qualquer que seja o problema identificado em uma criança desde seu nascimento até a idade do aparecimento, mesmo aqueles problemas temporários ou pontuais, temos que atentar para as implicações com relações a história material e emocional desses pais e consequentemente dessa família”, ressalta a psicóloga. 
Do ponto de vista material o tratamento para crianças autistas compreende a participação de vários e diferentes profissionais, dependendo de cada caso, de uma equipe multidisciplinar, envolvendo médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, pedagogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas, visando dar um suporte às necessidades da criança (de acordo com os déficits diagnosticados), à família, entendendo todo o contexto geral e individualizado (pai, mãe, irmãos, avós, etc.), para que estes possam colaborar e participar ativamente do tratamento.
Desempenha papel fundamental na sociabilidade e integração da criança, a relação entre família e escola. Arlene esclarece que “assim também como qualquer criança, comportamentos de confiança e segurança resultam das atitudes das pessoas que participam da vida dessas crianças, até porque cuidado excessivo, seja com qualquer criança, e nesse caso com uma criança autista, promove comportamentos de dependência, insegurança, contribuindo para discriminação. Com relação à independência a conduta é seguir as orientações dos profissionais que trabalham com as crianças, no caso da novela, com o personagem”.
Como lidar
A dificuldade de aceitação do diagnóstico por parte da família ou mesmo de alguns membros, desordens psicoemocionais da família, como por exemplo, esconder a criança e principalmente cria-la como incapaz, não contribui para sua independência e autonomia e podem agravar consideravelmente o autismo. O desempenho de atividades comuns como namorar, passear, trabalhar e etc., vai depender do tipo de autismo, ou seja, do grau de comprometimento das desordens, quanto menor o acometimento, melhor o desenvolvimento e principalmente, quanto mais precoce ter sido o diagnóstico das desordens e mais cedo tenha sido instituído o tratamento, melhor a recuperação, a integração, a socialização da criança autista, que irá se tornar um adulto com habilidades mais próximas das habituais.
Ao notar os comportamentos citados anteriormente, os pais devem dirigir-se aos postos de saúde especializados e falar com os profissionais da área.
http://daquidali.com.br/conversa-de-mae/saiba-como-identificar-os-sintomas-tratar-e-apoiar-a-crianca-autista/

sábado, 18 de janeiro de 2014

Brincadeiras divertidas podem estimular a coordenação e o aprendizado

Atividades melhoram o desenvolvimento e promovem a interação da família


Brincadeiras divertidas podem estimular a coordenação e o aprendizado
goldenKB/Stock Photo
Promover brincadeiras saudáveis e divertidas é uma ótima maneira de aproveitar o Dia das Crianças -- ou qualquer tempo livre -- com os seus filhos, principalmente aquelas em que os pequenos irão movimentar bastante o corpo, desenvolver habilidades motoras e cognitivas. “Antigamente, a verdadeira essência da infância estava nas brincadeiras de rua, ou no quintal de casa. A diversão era juntar os amigos, sem perceber a hora passar. Brincar de pular amarelinha, pular corda, a dança das cadeiras, queimada, entre outras, foram responsáveis por boas risadas”, lembra o pediatra Sylvio Renan Monteiro de Barros, autor do livro “Seu bebê em perguntas e respostas – Do nascimento aos 12 meses”. 
Através das brincadeiras, a criança é estimulada a desenvolver o equilíbrio, a coordenação neuromotora e rítmica, o raciocínio lógico e ainda a sociabilidade e a competitividade saudável. “Além de estimular seu filho, esta será uma oportunidade para dividir boas risadas e curtir bons momentos, e ainda uma maneira de fortalecer os laços familiares. E tudo isso são coisas extremamente saudáveis, para os pais e para as crianças”, indica.
Amarelinha

Para montar a amarelinha, pegue um giz e faça no chão vários quadradinhos, que deverão ser intercalados com um e dois espaços, começando no número um e terminando no 10. Lembre-se de pintar o céu e o inferno, onde a criança não deve pisar. Com uma pedrinha, basta jogar nos números e pegá-la no caminho. 

Vantagens: além de fazer movimentos mesclados com um e dois pés no chão, a criança tem a possibilidade de se familiarizar com os numerais. 
Pique esconde
Outra brincadeira muito famosa, o pique-esconde é divertido e pode envolver várias idades. Escolha um membro para fazer a contagem, que pode ir de 1 a 10 ou de 1 a 100, dependendo do número de participantes. Enquanto isso, os demais se escondem. Ao fim da contagem, o escolhido passa a procurar os amigos em todos os esconderijos possíveis. O primeiro a ser achado será o próximo a procurar.

Vantagens: estimula a noção de estratégia, de trabalho em equipe e até o controle da ansiedade para ser encontrado ou encontrar os escondidos.
Dança das cadeiras 

Reúna as crianças e coloque uma cadeira a menos que o total de participantes. Coloque-as em circulos, uma de costas para a outra, e ligue a música. Quando parar o som, todos devem sentar rapidamente, aquele que ficou sem um lugar sai. A brincadeira progride até que dois participantes disputem a última cadeira.

Vantagens: atenção e agilidade são requisitos básicos para a brincadeira. A atividade também ensina a lidar com a frustração, já que quem fica sem cadeira está fora do jogo.
Detetive
Essa brincadeira é ótima para crianças um pouco maiores e depende apenas de uma folha de papel e lápis. Conte quantos participantes estarão no jogo e faça papeizinhos para cada um deles: a maior parte deverá ter escrito "vítima", enquanto um receberá a palavra "policial" e o último, "ladrão". Feche os papéis, promova um sorteio e garanta que ninguém conte qual será seu personagem nesta rodada. Cabe ao "ladrão" desvendar quem são as vítimas, que estarão fora do jogo assim que ele piscar para elas. O "policial", por sua vez, deve perceber quem é o "ladrão" e dar voz de prisão antes que todas as vítimas tenham deixado a partida.
Vantagens: esse jogo depende de concentração e, por isso, pede silêncio e muita observação das crianças. Além disso, ele também estimula a analisar as ações do outro e criar estrategias a partir disso. 
Loucos por games

Ficou com saudade da sua época de criança? Pois é, a chamada velha infância pode atrair e muito os pequenos para um dia superdiferente. Se mesmo depois de diversas tentativas, contudo, seu filho ainda se mostrar mais inclinado aos games de tablets e videogames, o conselho do pediatra é dar preferência para aqueles com sensores de movimento, que deixam o corpo em atividade e permitem maior interação.
Naiara Taborda
http://daquidali.com.br/conversa-de-mae/brincadeiras-divertidas-podem-estimular-a-coordenacao-e-o-aprendizado/

A repetência nem sempre é 'culpa' da criança. Veja como lidar

Especialistas contam como o primeiro passo é entender o que levou a isso


A repetência nem sempre é 'culpa' da criança. Veja como lidar
lovleah/ Stock Photo
reprovação no colégio é uma situação muito delicada, tanto para quem repetiu quanto para os pais. Enquanto o problema pode ser visto como responsabilidade exclusiva da criança ou adoscente, fatores externos também podem contribuir para que o aluno seja retido. A psicopedagoga Ângela Cristina Munhoz Maluf afirma que, "quando o filho repete, os pais têm que averiguar o porquê do filho ter reprovado. Enquanto alguns ficam surpresos, por não terem acompanhado a vida escolar. Outros não ficam surpresos, porque acompanhavam, mas não ajudaram em nada".
A primeira atitude
Antes de tudo, é necessário analisar com calma o ocorrido. "Além da falta de esforço, pode ser uma dificuldade real de aprendizagem, ou ainda algo específico de uma diciplina. Então tudo deve ser levado em conta", explica Ângela. Ainda de acordo com ela, o mais importante é saber criticar e dar a bronca. Não adianta usar castigos radicais, como privar comida ou esportes. "O que deve ser tirado são as atividades que ocupam o tempo que poderia ser usado para o estudo, como o videogame".
Graça Margarete Tessarioli, diretora executiva da unidade de São Paulo do Colégio Santa Catarina, orienta que os pais devem levantar a autoestima da criança. "Dependendo do caso, a autoestima fica lá embaixo, a própria pessoa se culpa. Quer punição maior que essa? Então o apoio dos pais é essencial para levantar a autoestima". Mesmo quando a repetência acontece por falta de esforço, os pais devem deixar claro que o pequeno é capaz de passar. "O filho não fez a sua parte, que era estudar e se comprometer. Os pais têm que ter um diálogo com o filho para deixar claro que falhou no compromisso dele". 
Mudar ou não de escola?
Segundo Graça Margarete, muitos pais que tiram o filho da escola costumam fazer isso para protegê-lo da reprovação, até porque também ficam frustrados, ou para não ter que pagar mais um ano de escola. Mas, do ponto de vista do crescimento educacional da criança ou adolescente, essa nem sempre é uma boa ideia. "Se a repetência for devido a uma real dificuldade de aprendizado, ficar na mesma escola não vai resolver o problema. Mas no caso da falta de esforço, é importante deixar para fazer com que aprenda a lidar com as suas responsabilidades", orienta Ângela Cristina.
E o material escolar?
Uma questão que também é importante está na hora de comprar o novo mateiral escolar. Com tantas opções de personagens, tamanhos e tipos, alguns naturalmente atraem mais as crianças. A psicopedagoga recomenda: "na hora de comprar o material escolar, tem que levar a criança e dar a ela a oportunidade de escolher, já falando quanto pode gastar. O incentivo é muito bom em algumas coisas. No início do ano, o material novo já incentiva a estudar. Mas, dois meses depois, já passou a novidade e gera desinteresse. A criança que tem desorganização começa o ano ruim. O ideal não é dar tudo o que quer, tem que ter o equilíbrio".
Seu irmão...
Por mais que, ao ter dois ou mais filhos, eles sejam diferentes, inclusive na vida escolar, Graça Tessarioli ressalta que não devem ser comparados. "Os pais jamais devem comparar os filhos. Se nem os nossos cinco dedos da mão são iguais, quem dirá os nossos filhos. A comparação não é saudável e acaba desmotivando. Eles devem ser vistos como pessoas diferentes com problemas diferentes".
Beatriz Coppi
http://daquidali.com.br/conversa-de-mae/a-repetencia-nem-sempre-e-culpa-da-crianca-veja-como-lidar/

Perca o medo de falar em público e domine o poder da sua oratória

Especialistas falam sobre timidez e dão dicas para uma apresentação de sucesso


Perca o medo de falar em público e domine o poder da sua oratória
iStockphoto / shironosov
Saber falar bem define tanto suas relações pessoais quanto profissionais. Ter o conhecimento não é suficiente, você precisa saber transmiti-lo e com segurança. Surpreendentemente, 95% das pessoas no mundo não se sente confortável para falar em público. O muito usado “falar é fácil” não é tão simples quanto parece, por conta disso o DaquiDali conversou com dois líderes em oratória, Acácio Garcia e Sidnei Miranda, que deram dicas para que você possa se livrar da timidez e falar bem em qualquer lugar.
“É conversando que a gente se entende!”. De fato, essa é uma das maiores máximas da humanidade. Falar com outra pessoa exige confiança, primeiro, sua para puxar assunto ou responder a ele e depois de ambos, para que o assunto flua e se diversifique. Miranda divide a arte de dialogar em níveis que a facilitam: falar sobre o tempo e ambiente em que estão, falar sobre fatos e pedir a opinião da pessoa, falar de comportamento e falar de crenças.
Timidez
Pouca gente sabe, mas a timidez é classificada pela Organização Mundial da Saúde como doença, já que tem fortes traços de paranoia. “A timidez é: eu estou pensando no que os outros estão pensando de mim”, define Miranda, que acha estranho a naturalidade com que as pessoas se admitam ou julguem as outras como tímidas.
Para Garcia, a timidez tem sua importância em áreas profissionais como contabilidade e informática, mas Miranda diz que para a comunicação não é muito interessante, já que o tímido é aquele que a evita. “Se a timidez for muito grande, a busca por um profissional pode ser de grande ajuda”, aconselha. Ele ainda classifica dois tipos de tímidos, o introvertido, que aonde chega, permanece quieto e raramente vai se abrir, e o extrovertido, que chega quieto, mas se você puxar assunto ele naturalmente começa a falar. Detalhe: uma pessoa que fala bem não pode ser dada como indiscreta ou chamativa.
Prepare-se
Domine o friozinho na barriga e tire só o melhor dele. Abaixo algumas dicas de Garcia para ajudá-la nos primeiros minutos que antecedem a sua apresentação:
- Ao pressentir que está chegando sua hora de falar em público, disfarçadamente aperte uma mão à outra, inspire devagar pelas narinas e solte toda sua respiração pela boca, fazendo leve pressão sob os lábios.
- Dirija-se à tribuna ou ao lugar de sua fala sem pressa, com uma postura de campeão vencedor. Sinta, ao caminhar, seus pés tocando o chão; busque um semblante natural, demonstrando total tranquilidade e equilíbrio emocional.
- Espalhe a visão sobre todos os ouvintes antes de iniciar a fala e ajuste o microfone, manuseando-o com naturalidade.
- Inicie sua fala, com calma, escutando as primeiras palavras, e coloque um leve sorriso na voz nas primeiras saudações às autoridades e aos ouvintes.
- Não reclame de nada e nem peças desculpas à plateia por atos involuntários como, por exemplo, um espirro ou coisa parecida.
- Por favor, não agradeça a paciência do público, eles podem se ofender, eles foram ao seu evento para prestigiá-lo e não para sentir pena de você.
- A qualquer sinal de desconforto, “branco”, taquicardia, nervosismo, ou alguma pergunta hostil, use a respiração diafragmática. Aperte uma mão à outra inspirando pelas narinas, projete o abdômen para fora, ao expelir o ar pela boca, recolha o abdômen, até o umbigo bater nas costas.
Números
Um estudo americano concluiu que a maioria das pessoas tem mais medo de falar em público (1º lugar) do que da própria morte (6º lugar). 5 a 10% das pessoas nascem com o dom de falar em público, e a maioria delas não está nenhum pouco interessada em compartilhar esse raro conhecimento com os demais. Em uma palestra, a primeira impressão é formada ente os primeiros 5 e 6 minutos, e se ela não for boa, você dificilmente vai mudá-la, mesmo que vá bem no tempo restante. A era da comunicação global se divide em três partes: a palavra com 7%, a alternância da voz com 38%e a linguagem corporal com 55%.
A hora é agora
Chegou o momento. Encante os ouvintes, colegas de trabalho, superiores e clientes com as dicas que Miranda ensina:
- Sorria. O sorriso é a nossa melhor arma para desarmar e quebrar o gelo em uma conversa. Ele cria sintonia, facilita o contato, abre portas, viabiliza o relacionamento.
- Seja natural. Sendo natural de cara, você vai ter menos dificuldade de se posicionar no decorrer da conversa. Não force a barra pra ser quem você não é.
- Seja firme. Coloque-se de forma mais afirmativa, nada de “eu não sei”, “eu acho” ou “estou pensando”. Mostre-se mais convicto, isso gera confiança da outra parte.
- Faça perguntas. À medida que a conversa vai avançando, você pode explorar o que o outro está falando, demonstrar interesse mesmo. O objetivo é criar sintonia, fazer questionamentos, gerar uma interação mais profunda.
- Tenha bom humor. Se você não domina a arte de contar piadas, faça-as de maneira relativamente séria. Não ria das próprias graças, por que se os outros não rirem, você não passa vergonha. Não precisa ser serio demais ou carrancudo, a melhor maneira de lidar com o bom humor é com bom humor.
- Seja objetivo. Dizem que a cultura brasileira não é objetiva em relação à comunicação. O brasileiro dispersa, começa em um assunto e talvez termine o mesmo cinco assuntos depois. A objetividade ajuda a treinar a construção do assunto, ela ajuda a conquistar resultados.

http://daquidali.com.br/comportamento/perca-o-medo-de-falar-em-publico-e-domine-o-poder-da-sua-oratoria/